Embora o final do ano passado tenha visto uma valorização sem precedentes de parcelas de terra em plataformas como Decentraland e The Sandbox, queda do mercado e o surgimento de novas fronteiras em outros protocolos ainda podem trazer retornos interessantes aos investidores.
O metaverso foi último eldorado de um ano excepcional para o mercado de criptomoedas. O anúncio de que o Facebook passaria a chamar-se Meta para focar no desenvolvimento de recursos do que Mark Zuckerberg qualificou como a próxima geração da internet aconteceu justamente em um momento de euforia entre as duas renovações de máximas históricas do Bitcoin (BTC), que aconteceram em 20 de outubro e 10 de novembro.
Além da valorização dos tokens de projetos da Web3 dedicados à contrução de metaversos descentralizados, especialmente The Sandbox (SAND) e Decentraland (MANA), terrenos virtuais em ambas as plataformas começaram a ser negociados a preços cada vez maiores. O mais caro deles foi adquirido por R$ 12 milhões de reais: um espaço em uma região privilegiada da Fashion Street de Decentraland.
A princípio pode não fazer sentido adquirir parcelas de terrenos virtuais que existem apenas sob a forma de NFTs (tokens não fungíveis), mas à medida que se compreende que o metaverso será um ambiente virtual em que os avatares de pessoas de todas as idades e de todos os lugares do mundo poderão interagir em eventos como shows, festas, lojas, galerias de arte ou mesmo ambientes privados, torna-se passível de entendimento que tudo isso precisa de um lugar para ser construído e tornar-se “realidade” – ainda que em um universo paralelo.
Com o retrocesso generalizado do mercado de criptomoedas na virada do ano pode haver a impressão de que o hype do metaverso já passou e talvez as melhores oportunidades tenham ficado para trás. No entanto, aquela máxima do mercado que recomenda comprar na baixa e vender na alta também é válida para os terrenos virtuais.
Um artigo publicado no site da Nasdaq apresenta três razões pelas quais ainda não é tarde demais para investir em terrenos no metaverso.
1. Novas comunidades em construção
Enquanto algumas plataformas encontram-se em estágio mais avançado de desenvolvimento, como The Sandbox, que recentemente anunciou planos para a criação de uma cidade virtual chamada Mega City, inspirada em Hong Kong, outras ainda estão em estágio inicial e acabaram de realizar suas primeiras vendas de terreno. É o caso da Pavia, um projeto de metaverso muito similar a Decentraland e The Sandbox baseado na Cardano (ADA).
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, 60% das 100.000 parcelas de terra disponibilizadas pelos desenvolvedores da plataforma foram comercializadas em rodadas iniciais de vendas no final do ano passado e o restante será disponibilizado aos interessados ainda no primeiro semestre deste ano.
É importante ressaltar que nem todas as comunidades vão prosperar, assim como determinados tokens serão excluídos do competitivo mercado de criptomodas. No entanto, o investimento aplicado em determinadas plataformas e os sinais de adoção por parte de usuários e marcas sinalizam o real potencial de crescimento das plataformas do metaverso atualmente em desenvolvimento.
Até mesmo os governantes de diversos lugares do mundo têm projetos para criar ambientes virtuais de lazer e prestação de serviços públicos para os seus habitantes.
Segundo o artigo, a Gartner, Inc, uma empresa de pesquisa e consultoria de tecnologia norte-americana projeta que o metaverso é uma tendência de longo prazo em estágio embrionário, conforme aponta a publicação anual da empresa intitulada “Radar de impacto de tecnologias e tendências emergentes para 2022”.
2. Grandes marcas já aderiram, mas muitas outras ainda estão por vir
Há alguns dias atrás a Samsung anunciou o lançamento de uma loja virtual em Decentraland. No campo da moda, marcas de alta costura e de artigos esportivos parecem ter compreendido o potencial do metaverso e dos NFTs (tokens não fungíveis) para alavancagem dos seus negócios no mundo real.
Em março, Decentraland vai ser sede de Fashion Week virtual e até o Aberto da Austrália de tênis anunciou a criação réplicas digitais do Melbourne Park, local onde é disputada uma das competições mais tradicionais do circuito mundial.
3. Preços dos terrenos mantém-se em alta
De acordo com informações da plataforma de monitoramento de dados sobre tokens não fungíveis Nonfungible.com, o crescimento do volume transacionado no mercado de terrenos virtuais mantém-se em crescimento constante, apesar de uma queda pontual registrada em 8 de janeiro.
Atualmente, o preço médio de uma propriedade em Decentraland nos últimos trinta dias é de US$ 13.259. Em outubro, às vésperas do Facebook tornar-se Meta, era de US$ 4.328. Ou seja, valorizou-se em aproximadamente três vezes.
Terrenos virtuais no The Sandbox valorizaram-se ainda mais. No final de outubro, o preço média era de US$ 2.777. Atualmente é de US$ 14.861. Nesse caso, a valorização foi de 435%.
Embora esses níveis de valorização provavelmente não venham mais a ser alcançados com terrenos comuns, a tendência é de que à medida que estas plataformas entrarem em modo operacional completo, com todos seus recursos acessíveis aos usuários e os espaços passem a ter maior utilidade, haja uma nova onda de valorização. Sem mencionar os lotes de imóveis para exploração comercial. Estes, segundo o artigo, parecem não ter absolutamente nenhum limite de preço à vista.
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil noticiou recentemente, apesar da recente queda do mercado, um terreno virutal em Decentraland ou The Sandbox não sai por menos de R$ 58.000.
-Fonte: Cointelegraph
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