Expectativas para inflação e câmbio também tiveram altas, enquanto estimativas para o PIB sofreram piora
Em meio a apostas cada vez maiores para a taxa básica de juros, diante do aumento do risco fiscal, o mercado financeiro elevou suas projeções para a Selic ao fim deste ano, de 8,25% para 8,75% ao ano. Os dados constam no relatório Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (25) pelo Banco Central.
A expectativa agora é de aumento de 1,25 ponto percentual da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser realizado nesta quarta-feira (27), elevando os juros de 6,25% para 7,50%. Na semana passada, as apostas recaíam sobre aumento de 1 ponto, para 7,25% ao ano.
Para 2022, as estimativas para os juros também foram elevadas, de 8,75% para 9,50% ao ano, assim como para 2023, de 6,50% para 7,00% ao ano.
As projeções para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2021 também foram elevadas, pela 29ª semana, de 8,69% para 8,96%. Os economistas elevaram ainda suas estimativas para o indicador em 2022, pela 14ª vez consecutiva, de 4,18% para 4,40%.
Com relação ao desempenho da economia brasileira, houve piora nas expectativas para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, de 5,01% para 4,97%, e para 2022, de crescimento de 1,50% para 1,40%.
Por fim, no câmbio, as apostas para dezembro de 2021 e de 2022 também foram elevadas, de R$ 5,25 para R$ 5,45 ao fim deste e do próximo ano.
Diante da turbulência provocada pelo ataque ao teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior, bancos elevaram na última semana suas apostas para a taxa básica de juros e agora veem a Selic na casa dos 10%.
Na semana passada, a Bolsa caiu 7,28%, no pior desempenho desde março do ano passado. Já o dólar subiu 3,12% na semana e fechou em R$ 5,6273.
-Fonte: Infomoney
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