Criptomoeda chegou a tocar os US$ 63 mil após ter batido nova máxima histórica de US$ 69 mil, mas recuperação é vista com bons olhos
SÃO PAULO – O Bitcoin (BTC) viveu um dia de gangorra ontem ao amanhecer em terreno negativo em meio a uma realização de lucros e pouco depois disparar para uma nova máxima histórica de US$ 69 mil assim que saíram os dados de inflação nos Estados Unidos.
No entanto, o preço da criptomoeda sofreu queda abrupta de 8,5% à noite e chegou novamente próximo dos US$ 63 mil em movimento ligado à abertura em massa de posições compradas em futuros, vistas como catalisadoras de volatilidade – especialmente quando crescem de forma repentina.
Às 7h, o Bitcoin já era negociado novamente a US$ 65.610, no que é considerado uma vitória dos investidores mais otimistas que impediram uma queda mais abrupta durante as negociações no mercado asiático.
Segundo o analista Damanick Dantes, do CoinDesk, indicadores mostram certa exaustão do BTC no curtíssimo prazo, mas os gráficos diários ainda apontam para uma alta similar à vista quando a moeda digital era negociada a US$ 44 mil no começo de outubro.
Uma das chaves para o movimento deve continuar sendo o receio de maior inflação aliado à ideia de que o Bitcoin pode oferecer proteção contra cenários adversos em investimentos tradicionais. O dado de inflação dos preços ao consumidor nos EUA, que cresce mais de 6% em um ano, foi gatilho para um aumento da correlação do ativo digital com o ouro.
Outras criptomoedas repetiram o movimento do Bitcoin e também se recuperaram com força. O Ethereum (ETH), por exemplo, caiu para cerca de US$ 4.500 e é cotado novamente a US$ 4.745 A Solana (SOL) foi ainda melhor e, após recuar para menos de US$ 220, já é negociada a US$ 243.
A IoTeX (IOTX), criptomoeda ligada à Internet das Coisas (IoT) que anunciou ontem sua entrada no desenvolvimento de metaversos, é novamente destaque com alta de 25% no dia, só atrás do protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) Mina Protocol (MINA). Na ponta negativa, o ativo que mais perde nesta manhã é o Spell Token (SPELL), que também alimenta uma plataforma DeFi.
Entre as notícias do dia, destaca-se ainda o projeto Terra (LUNA), que seguiu o caminho da Binance Smart Chain e do Ethereum e aprovou com sua comunidade um novo mecanismo de queima que deverá ajudar a impulsionar o preço do criptoativo.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h00:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin (BTC) | US$ 65.610,23 | -1,8% |
Ethereum (ETH) | US$ 4.745,54 | +0,4% |
Binance Coin (BNB) | US$ 633,63 | -2,3% |
Solana (SOL) | US$ 243,84 | +0,7% |
Cardano (ADA) | US$ 2,15 | -3,9% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Mina Protocol (MINA) | US$ 5,61 | +30,4% |
IoTeX (IOTX) | US$ 0,196533 | +25,3% |
Kadena (KDA) | US$ 24,63 | +14,7% |
Helium (HNT) | US$ 51,36 | +10,5% |
Zcash (ZEC) | US$ 209,59 | +10,3% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Spell Token (SPELL) | US$ 0,02177056 | -9,3% |
Bitcoin Cash ABC (BCHA) | US$ 148,84 | -9,1% |
Internet Computer (ICP) | US$ 48,76 | -6,3% |
Theta Network (THETA) | US$ 7,46 | -6% |
Cosmos (ATOM) | US$ 33,76 | -6,4% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
ETF | Preço | Variação |
Hashdex NCI (HASH11) | R$ 67,20 | -1,53% |
Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 87 | -1,8% |
Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 76,4 | -3,29% |
QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 23,35 | -0,63% |
QR Ether (QETH11) | R$ 18,94 | -1,5% |
Rival do Etheruem, Terra (LUNA) aprova queima de US$ 4,5 bilhões em tokens
O projeto Terra (LUNA), que oferece uma plataforma para criação de contratos inteligentes rival do Ethereum, aprovou na noite de ontem após votação da comunidade um novo mecanismo de queima de tokens e emissão de cerca de US$ 4 milhões a US$ 5 milhões em stablecoins terraUSD (UST).
A queima é um processo que retira os tokens de circulação e já vem sendo adotado por outras plataformas de smart contracts, como a Binance Smart Chain e o próprio Ethereum, como meio de estimular a escassez do ativo usado para pagar as taxas de rede.
O procedimento de queima será realizado nas próximas duas semanas e resultará na remoção de 88,7 milhões de tokens LUNA de circulação, no valor de aproximadamente US$ 4,5 bilhões a preços atuais. Uma queima inicial, no entanto, já aconteceu na noite de ontem: 520.000 LUNA foram enviados para um contrato inacessível e não podem mais ser recuperados.
O otimismo em torno do projeto fez o preço do token se recuperar rapidamente do flash crash do mercado e voltar a ser negociado perto da máxima, a US$ 51,25, mantendo a 12ª posição no ranking global de criptomoedas por valor de mercado.
Ethereum adia fim da mineração para junho de 2022
Desenvolvedores do Ethereum adiaram pela segunda vez uma atualização que visa colocar um ponto final no processo atual de mineração da criptomoeda ETH. A medida será implementada em dezembro, programando a mudança para junho 2022
A novidade dá um prazo extra para mineradores continuarem faturando em cima da atividade que ajuda na verificação de transações no modelo atual de consenso da rede, previsto para sofrer uma migração para a Prova de Participação (Proof of Stake), em que os validadores não serão mais aqueles que dedicam poder computacional, mas armazenam muitas unidades da moeda na carteira.
A nova rede já está em funcionamento em paralelo com a atual, e a expectativa é que a unificação ocorra em meados de 2022. Até lá, o Ethereum irá implementar a “bomba de dificuldade”, um mecanismo que visa forçar mineradores a abandonarem a atividade, esvaziando a rede antiga para abrir caminho para a nova versão.
A expectativa pela mudança no processo de validação da rede, chamada de Ethereum 2.0, é um dos principais motivos de otimismo para a subida do criptoativo. Além de mudar o sistema de consenso, a atualização traz a expectativa de resolver o congestionamento e as altas taxas de rede da plataforma.
Gestora Bitwise se diz otimista para aprovação de ETF de Bitcoin “físico”
A Bitwise Asset Management disse estar otimista para a aprovação de um ETF de Bitcoin que de fato adquira a criptomoeda no mercado, ao contrário dos produtos de futuros, expostos a contratos da bolsa de Chicago, que receberam aval regulatório nos Estados Unidos em outubro.
A empresa retirou seu pedido de aprovação de um ETF de futuros e espera conseguir a liberação de um fundo de índice que acompanhe os preços da moeda digital no mercado à vista.
“Em última análise, o que muitos investidores querem é um ETF Bitcoin à vista. Achamos que é possível. Portanto, a Bitwise continuará perseguindo essa meta e procuraremos outras maneiras de ajudar os investidores a obter acesso às oportunidades incríveis em cripto”, disse o chefe de investimentos da Bitwise, Matt Hougan.
Um ETF “físico” de Bitcoin é visto como superior aos de futuros que já foram listados nos EUA porque permitem manter posições por um longo prazo sem que o custo de rolagem corroa os ganhos – o investidor, afinal, tem que arcar somente com a taxa de administração.
Produtos do tipo, no entanto, foram rejeitados seguidas vezes pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) no passado. Para os reguladores americanos, os ETFs de futuros já aprovados oferecem mais proteção ao investidor.
-Fonte: Infomoney
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