Volta da diplomacia para a situação entre Rússia e Ucrânia impulsiona mercado de Bitcoin e criptomoedas para recuperação de perdas recentes
O Bitcoin (BTC) ensaia uma recuperação na manhã desta segunda-feira (21), com alta de 1,8% e cotado a US$ US$ 39.031 nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinGecko. O Ethereum (ETH) também se recupera e sobe 3,3%, negociado a US$ US$ 2.723.
A maioria das 30 principais criptomoedas caiu na última semana em meio aos riscos geopolíticos e crescentes sinais de mais aperto monetário nos Estados Unidos. Em sete dias, o BTC acumula perdas de 7%, enquanto o Ethereum mostra baixa de 4,6% no período, de acordo com dados do CoinMarketCap.
Entre as criptomoedas com movimentos mais significativos na última semana se destacam a Crypto.com Coin (CRO) — com queda de 13%, para US$ 0,41 — e Litecoin (LTC), que se desvalorizou cerca de 9%, para US$ 113.
Uma iniciativa diplomática de última hora do presidente francês Emmanuel Macron no domingo trouxe esperança de uma resolução pacífica para a tensão entre Rússia e Ucrânia, noticiou o New York Times. Autoridades da Casa Branca disseram que o presidente Biden estaria disposto a conversar com o líder russo, Vladimir Putin, desde que a Rússia não invada a Ucrânia.
Porém, uma possível cúpula entre Biden e Putin só seria realizada após reuniões entre os ministros de Relações Exteriores dos dois países, que inicialmente estão agendadas para o fim desta semana. No entanto, uma autoridade da Casa Branca afirmou ao jornal que todas as evidências sugerem que a Rússia pretende invadir a Ucrânia nos próximos dias.
No Brasil, o Bitcoin é cotado a R$ R$ 202.753, em alta de 2,1%, segundo o índice do Portal do Bitcoin.
Apesar do peso do cenário geopolítico, uma possível dissociação entre o Bitcoin e o Nasdaq Composite poderia empurrar o preço do BTC para US$ 100.000 em 24 meses, de acordo com Tuur Demeester, fundador da Adamant Capital.
Operam em alta nesta segunda-feira (21): Binance Coin (+1,3%), Cardano (+2,5%), Solana (+5,1%), Terra (+5,6%), Avalanche (+1,5%), Polkadot (+2%), Shiba Inu (+4,9%).
Dentre as principais critpomoedas, a única em desvalorização é a XRP, que opera em baixa de 1,2%, sendo vendida a US$ 0,786534.
Outros destaques
Nova plataforma: A Avenue Securities, corretora americana fundada por brasileiros, vai abrir nas próximas semanas uma plataforma para investimentos em criptoativos, informou o Portal do Bitcoin. O ambiente permitirá a negociação de mais de 30 ativos digitais, incluindo Bitcoin e Ethereum.
Declaração do IR: O Mercado Bitcoin e a contadora Ana Paula Rabello anunciaram uma parceria para lançar um e-book gratuito sobre declaração de criptoativos no imposto de renda, conforme o Portal do Bitcoin. O material receberá atualização a partir da coletiva da Receita Federal e será lançado no site da exchange.
Gastos em cripto: Há um vasto patrimônio criado em criptomoedas, que hoje têm valor total de quase US$ 2 trilhões, de acordo com a CoinMarketCap. Mas essa riqueza pode ser mais difícil de gastar do que os ganhos com o aumento dos preços das ações ou dos imóveis residenciais, segundo análise da Dow Jones publicada pelo Valor. Um obstáculo é que gastar criptomoedas nos EUA, por exemplo, é como vendê-las para fins tributários.
Empreendedores brasileiros: O Portal do Bitcoin conversou com quatro profissionais que desenvolvem carreira fora do Brasil. Na primeira reportagem, conheça o pioneiro Rodrigo Souza, que fundou a BlinkTrade em 2013. As próximas postagens trarão as histórias de Lucas Nizzi, gerente de produtos da CoinMetrics; André Neves, cofundador e CTO da ZEBEDEE; e David Lawant, chefe de pesquisa de criptoativos na Bitwise.
Regulação e CBDCs
BC apressa regulação: A autoridade monetária elabora diretrizes para fiscalizar transações financeiras com criptomoedas no Brasil e definir penalidades para combater golpes e fraudes. A iniciativa foi relatada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, a líderes de bancos importantes no país, ouvidos pela Folha sob a condição de anonimato. Segundo os banqueiros, a ideia é enquadrar os criptoativos como “veículos de investimento”. As corretoras digitais precisariam seguir as regras dos demais fundos de investimento regulados pela Comissão de Valores Mobiliários e ter sede no Brasil, além de guardar registros e documentos de transações.
Cripto na CAE: A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado vai se reunir na terça-feira (22), às 9h, para debater os projetos de lei sobre criptomoedas. O PL 3.825/2019, de Flávio Arns (Podemos-PR), o PL 3.949/2019, de Styvenson Valentim (Podemos-RN), e o PL 4.207/2020, de Soraya Thronicke (PSL-MS), tramitam de forma conjunta na Casa.
Regulação na UE: A União Europeia está aberta a criptomoedas, incluindo Bitcoin ou euro digital, mas os regulamentos devem primeiro ser fortalecidos para evitar fraudes, disse a comissária dos Assuntos Internos da UE, Ylva Johansson, em Conferência de Segurança de Munique na sexta-feira, noticiou a Bloomberg.
Protestos no Canadá: Autoridades policiais disseram que conseguiram reprimir grande parte dos protestos antivacinas em Ottawa que assolaram o Canadá e a capital nas últimas três semanas, já que medidas para bloquear transações financeiras ajudaram a evitar distúrbios semelhantes, segundo a Bloomberg. Autoridades policiais disseram no domingo que até agora congelaram 206 contas bancárias e corporativas relacionadas ao bloqueio.
Veto do Fed: Autoridades do Federal Reserve serão proibidas de comprar ações individuais, títulos, valores mobiliários de agências, moedas estrangeiras, commodities, fundos setoriais e também criptomoedas, de acordo com ordem emitida na sexta-feira (18). Segundo o Portal do Bitcoin, a proibição, anunciada inicialmente em outubro, por enquanto se aplica apenas ao alto escalão, mas poderia futuramente incluir funcionários abaixo na hierarquia.
Segurança
Suposta pirâmide: O Procon-SP encaminhou na sexta-feira (18) um ofício à Polícia Civil de SP pedindo apuração de denúncias contra a empresa MSK Operações e Investimentos, segundo coluna de Mônica Bergamo, da Folha. Consumidores dizem que foram vítimas de um esquema de pirâmide financeira envolvendo a falsa comercialização de criptomoedas. O Portal do Bitcoin fez uma série de reportagens sobre o tema.
Metaverso, Games e NFTs
Investigação da OpenSea: O maior mercado de tokens não fungíveis do mundo anunciou no domingo (20) que está investigando um ataque que resultou na perda de NFTs de usuários, noticiou o Portal do Bitcoin. A plataforma disse que o incidente parece ser um ataque de phishing não conectado ao seu site.
Aposta da Elo: A empresa brasileira do setor de pagamentos está de olho no mercado de criptoativos e na tecnologia blockchain. A bandeira de cartões criou uma NFT com dados da primeira transação da plataforma e pretende divulgar novos projetos em breve, conforme a Exame.
Aquarelas de William Turner: O Museu Britânico de Londres elevou a aposta no mercado de tokens não fungíveis. Até 4 de março, a instituição coloca à venda 20 NFTs representando aquarelas do pintor britânico William Turner, informou a Folha.
Idosos no metaverso: Artigo da Folha aponta que o envelhecimento populacional tem gerado demandas e desafiado o mundo dos negócios. Leila Navarro, autora, empreendedora, palestrante e ativista, de 69 anos, diz que tem Bitcoins e que viaja muito. “Fui para a Estônia, onde há cidadania digital. Vou virar cidadã digital de lá e comprar uma empresa no metaverso”, afirmou.
-Fonte: Portal do Bitcoin
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