Evidências de desaceleração do crescimento econômico também pesaria na decisão
O Bank of America espera que sinais de alívio na frente inflacionária e evidências de desaceleração do crescimento econômico levem o Banco Central do Brasil a reduzir a dose de aperto monetário já na próxima reunião do Copom, em fevereiro.
David Beker, chefe de economia no Brasil e estratégia para América Latina do BofA, disse a jornalistas nesta quarta-feira que o credor privado acredita que a inflação ao consumidor brasileiro atingiu seu pico em novembro, quando o IPCA registrou alta de 10,74% em 12 meses.
“Embora o Banco Central tenha dito que vai fazer mais uma elevação de 150 pontos-base, a gente acredita que a evolução do cenário até lá vai permitir ao BC já reduzir a intensidade para aumento de 100 pontos-base em fevereiro”, afirmou Beker, prevendo taxa Selic de 10,75% ao ano ao fim do atual ciclo de aperto monetário.
Atualmente, os juros básicos estão em 9,25% ao ano, após elevação de 1,5 ponto percentual na última reunião do Comitê de Política Monetária na semana passada.
Para o IPCA, a expectativa do BofA é de taxa em 12 meses de 10,1% ao fim de 2021 e de 5,0% em 2022 –teto da meta do ano que vem, de 3,5% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
-Fonte: E-Investidor
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