Taxa básica de juros brasileira deve encerrar o ano em 7%, acima da previsão anterior, de 6,75%
O mercado financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação este ano, pela 16ª semana consecutiva, desta vez de 6,31% para 6,56% ao ano. Os dados constam do mais recente relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na manhã desta segunda-feira (26).
Também houve alta nas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, de 3,75% para inflação de 3,80%.
Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,72% ante junho, acima do esperado pelo mercado financeiro e a maior variação para um mês de julho desde 2004.
No ano, o índice acumula alta de 4,88% e, em 12 meses, de 8,59%, acima dos 8,13% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em meio à pressão inflacionária, os economistas consultados pelo BC agora estimam aumento de um ponto percentual da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em agosto, para 5,25% ao ano, acima da alta de 0,75 p.p. esperada anteriormente.
Para o encontro do Copom de setembro, a expectativa é de alta de 0,75 ponto da Selic, para 6,00% ao ano.
Com as alterações, o mercado financeiro estima que a taxa básica de juros encerre dezembro deste ano em 7% ao ano, acima da previsão anterior, de 6,75% – essa foi a terceira semana seguida de alta da projeção. Para dezembro de 2022, as expectativas se mantiveram em Selic de 7% ao ano.
Com relação ao desempenho da economia brasileira neste ano, as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tiveram alta pela 14ª semana, de 5,27% para 5,29%o. Já para 2022, foi mantida a aposta de expansão de 2,10% da atividade.
Por fim, no câmbio, os economistas consultados pela autoridade monetária preveem que o dólar encerre 2021 negociado a R$ 5,09 (ante projeção anterior de R$ 5,05), e feche 2022 em R$ 5,20, sem alterações.
-Fonte: Infomoney
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