Como entender o gráfico para analisar ações, criptomoedas, ETFs? Gráfico de candles: o que é e como interpretar?

Seja para buscar tendências ou fazer trades baseados em indicadores técnicos, você precisa entender o que são os gráficos de candles e se especializar no assunto. Vamos lá?

O que são essas barrinhas?

Uma das primeiras coisas que somos apresentados ao entrar em sites ou apps de trade são esses “gráficos de vela”, candle charts. Embora assustador ao primeiro olhar, possui informações muito mais completas do que o tradicional gráfico de linha.

Por este motivo fazemos questão de transmitir este conhecimento: seja lá qual for o ativo (Bitcoin, Ethereum, dólar, ações Bovespa, etc.) ou horizonte de investimento, saber ler corretamente estas informações irá lhe conferir uma grande vantagem.

Que informações estão escondidas?

Sobre as barras (candles): verdes significam períodos no qual o preço de fechamento foi acima da abertura, indicando alta, e vermelho períodos de queda. Se você olhar mais de perto notará que há um risquinho, um traço vertical em quase toda barra (gráfico abaixo). Este traço indica o preço máximo e mínimo dentro deste período. Lembrando que no gráfico de 1h cada barra indica os valores de abertura, fechamento, máximo e mínimo deste período de 1h.

Note que mesmo numa barra (candle) de baixa, é possível que tenha atingido um pico (máximo) acima do período anterior. Isso indica que houve uma alta, mas em seguida houve uma queda fazendo com que fechasse no vermelho (queda)

Como identificar padrões?

A principal função do gráfico é auxiliar o investidor a identificar períodos de alta (bull), lateralização (flat) e queda (bear). Lembre-se que isto depende do período em questão e pode ser diferente conforme o horizonte

ALTA: Durante períodos de alta, também conhecidos como bull market, quedas não formam novas mínimas, apenas pequenas correções. Ao analisarmos um conjunto de 20 ou mais candles (velas), percebemos que há uma tendência de valorização. Isto independe se estamos analisando períodos de 5min ou de 1 dia.

LATERALIZAÇÃO: Em determinados momentos o mercado passa a operar sem tendência definida, conhecido como retângulo ou lateralização. Alguns investidores operam dentro destes canais, comprando no piso (suporte, patamar que ajuda a sustentar) e vendendo na resistência (teto, impondo dificuldade de romper). Há ainda quem utiliza este rompimento do topo para comprar, apostando numa onda de alta.

QUEDA: Mercado de baixa ou bear market, provavelmente um dos mais complicados de se operar. Muitos iniciantes tentam adivinhar o fundo do movimento, ou como dizem os experts, “pegar a faca caindo”. Neste cenário a melhor estratégia é realizar pequenas compras regulares de forma semanal ou mensal e aguardar a mudança de tendência.

O que buscar nos gráficos?

Logo no topo do gráfico temos as seguintes informações: BTC/BRL (cotação do Bitcoin em R$), Abr (preço de abertura no candle selecionado), Máx / Min (preço máximo e mínimo que atingiu nesta vela) e finalmente Fch, a cotação final neste período onde estamos passando com o mouse. No exemplo ao lado estamos olhando o período de 60 minutos, ou seja, cada vela (ou candle) representa a oscilação de preços dentro de 1 hora.

Como aproveitar tendências?

Repare no gráfico à esquerda como havia um canal de baixa entre 30/Nov e 16/Dez, uma tendência de queda com range (faixa) definida. Traders que se baseiam na análise gráfica costumam realizar vendas quando o preço encontra a resistência (teto, impondo dificuldade de romper) destes canais de baixa. Em canais de alta o movimento é o oposto: realizam compras quando o gráfico encosta no piso (suporte, patamar que ajuda a sustentar).

Quais os indicadores mais utilizados?

Sem dúvida a “Média Móvel” é o indicador mais conhecido da análise gráfica. Ao clicar em “Indicadores”, é possível acrescentar tal informação. Esta nova linha que irá aparecer no gráfico representa o preço médio no período anterior. No exemplo ao lado selecionamos o parâmetro de 20 dias. Alguns analistas afirmam que esta linha funciona como um forte piso (suporte) quando estamos negociando acima, e inversamente um teto (resistência) quando estamos abaixo.

Índice de Força Relativa (IFR) ou RSI

Outro indicador muito utilizado pelos analistas técnicos é o “Índice de Força Relativa” (IFR), também disponível na plataforma Foxbit. Este indicador varia entre 0 e 100 e considera o mercado sobrecomprado (caro) quando encontra-se acima de 70, e o inverso (barato) abaixo de 30. É calculado a partir de uma fórmula matemática que envolve a soma das cotações dentre os períodos de altas dividido pelo somatório dos dias de queda. À esquerda temos um exemplo utilizando o parâmetro de 10 períodos de 12 horas cada.

-Fonte: Foxbit