S&P 500 sofre maior queda trimestral em dois anos
A bolsa brasileira recuou no último pregão de março acompanhando os principais índices dos EUA, enquanto os preços do petróleo caíram após os Estados Unidos anunciarem a liberação de barris da reserva e a Opep+ (Organização dos Países Produtores de Petróleo) divulgar um aumento na produção.
Por muito pouco o principal índice da Bolsa brasileira não terminou o mês no patamar dos 120 mil pontos. O Ibovespa fechou em queda de 0,22%, aos 119.999 pontos, após oscilar entre 119.999 e 120.879 pontos. O volume financeiro foi de R$ 28,5 bilhões. No mês, o índice registrou uma valorização de 6,06%.
Os destaques positivos da sessão ficaram com as ações da Sabesp (SBSP3), que subiram 5,46%, seguidas pela Cielo ([ativo=CIEL3) e Cemig ([ativo=CMIG4]), com ganhos de 4,36% e 2,98%, respectivamente.
As ações da Americanas ([ativo=AMER3) e Méliuz ([ativo=CASH3]) foram os destaques negativos da sessão, recuando, respectivamente, 5,50% e 5,54%, seguidas pela Petrorio (PRIO3), que recuaram 5,06%.
As ações da Méliuz caíram com a realização de lucros por parte dos investidores, após alta do último pregão, que repercutiu dados do último balanço da empresa. Já as ações da PetroRio recuaram pressionadas pela desvalorização do petróleo no mercado internacional.
O dólar comercial recuou 0,54%, a R$ 4,761, após oscilar entre R$ 4,722 e R$ 4,796. A moeda perdeu 7,6% em março e acumula queda de 14,6% no trimestre. Os analistas explicam que a moeda americana caiu com fluxo estrangeiro na Bolsa.
“O movimento é influenciado pelas taxas de juros mais altas por aqui, o que torna o carry trade [trade com diferencial de juros] mais interessante para o investidor estrangeiro”, explica Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos.
Os especialistas veem o dólar caindo ainda mais no curto prazo, mas fechando o ano acima de R$ 5, com risco político em ano de eleição.
No aftermarket, às 17h10, os juros futuros recuam em bloco com a diminuição das preocupações com a inflação. O DIF23, cai 0,39 pp, a 12,72%; DIF25, -0,91 pp, a 11,40%; DIF27, -1,06 pp, a 11,20%; DIF29, -1,22 pp, a 11,35%.
As ações dos Estados Unidos fecharam o primeiro trimestre de 2022 em queda nesta quinta-feira, com seu maior declínio trimestral em dois anos, conforme persistiam as preocupações sobre o conflito na Ucrânia, seu efeito inflacionário e a resposta do banco central dos Estados Unidos à alta dos preços.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 1,52% no dia, para 4.532,30 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 1,54%, para 14.219,50 pontos. O Dow Jones caiu 1,52%, para 34.693,01 pontos.
No primeiro trimestre, o Dow e o S&P 500 recuaram aproximadamente 3%, e o Nasdaq despencou mais de 7%. Para os três indicadores, este foi o primeiro trimestre negativo desde o primeiro trimestre de 2020, que marcou o início da pandemia de Covid-19 no país.
-Fonte: Infomoney
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