Deve ser lançado ainda no começo de julho um fundo multimercado de Bridgewater que aplica em ativos com práticas ambientais, sociais e de governança. Contudo, o produto estará acessível apenas aos investidores qualificados.
O banco Itaú deve lançar no começo de julho um fundo multimercado da Bridgewater, a casa de investimentos do guru das finanças Ray Dalio, com filosofia ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança). O Bridgewater All Weather Sustainability Seleção vai exigir aplicação mínima inicial de R$ 500 ou menos, ainda dependendo da negociação do Itaú com a companhia norte-americana.
Contudo, o produto estará acessível apenas aos investidores qualificados, ou seja, aqueles com patrimônio financeiro a partir de R$ 1 milhão, devido à regulação. O fundo é a nova empreitada de uma das maiores gestoras de recursos do mundo, que conta hoje com patrimônio de aproximadamente US$ 150 bilhões. O produto foi lançado globalmente em junho.
O fundo investe em ativos como bolsa, títulos de dívida e commodities e segue a estratégia mais tradicional da empresa gringa, chamada “All Weather”, que busca manter uma carteira equilibrada, capaz de navegar bem nos diferentes cenários econômicos. A inovação está na seleção de apenas ativos sustentáveis, que seguem o guia da Organização das Nações Unidas (ONU).
“No longo prazo, isso vai se traduzir em menos risco para o fundo, na prática”, afirma Pedro Barbosa, diretor da área de fundos de fundos do Itaú. “Ao escolher as companhias para aplicar, por exemplo, leva-se em conta os passivos invisíveis de sustentabilidade no longo prazo”, explica.
No banco brasileiro, o produto vai ser disponibilizado em duas versões: com e sem exposição à variação cambial. O fundo é aconselhado para aqueles que desejam investir no exterior para diversificar a carteira e não depender somente do Brasil, com foco no longo prazo, diz Barbosa. O produto vai cobrar custo efetivo total de 1,45% ao ano.
Será o primeiro fundo oferecido pelo Itaú no Brasil da Bridgewater. Outros bancos e corretoras já vendem aos brasileiros produtos diferentes da casa de investimentos de Ray Dalio. No entanto, nas grandes instituições financeiras, os fundos costumam ser restritos aos segmentos de clientes milionários e exigem investimento mínimo inicial alto.
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