ETFs no exterior: como investir diretamente nas bolsas no exterior

O que são ETFs?

ETFs são fundos de investimento que replicam o desempenho de um índice de mercado, como o S&P 500, o Nasdaq ou o Dow Jones. A sigla ETF vem do inglês Exchange Traded Funds, que significa fundos negociados em bolsa.

Os ETFs permitem que os investidores tenham acesso a uma carteira diversificada de ativos com apenas uma ordem de compra ou venda. Assim, os ETFs facilitam a diversificação, a liquidez e a gestão de risco dos investimentos.

Quais são as vantagens de investir em ETFs no exterior?

Investir em ETFs no exterior pode trazer vários benefícios para os investidores brasileiros, como:

  • Acesso a mercados e setores que não estão disponíveis na bolsa brasileira, como tecnologia, saúde, energia renovável, entre outros;
  • Proteção contra a desvalorização do real e a inflação no Brasil;
  • Possibilidade de aproveitar as oportunidades e os ciclos econômicos de outros países;
  • Redução da volatilidade e do risco da carteira, por meio da diversificação geográfica e setorial.

Quais são as desvantagens de investir em ETFs no exterior?

Investir em ETFs no exterior também envolve alguns custos e riscos, como:

  • Imposto de renda sobre os ganhos de capital e os dividendos recebidos, que pode variar conforme o país de origem do ETF e o tratado tributário com o Brasil;
  • Taxas de corretagem, custódia e administração cobradas pela corretora ou pela instituição financeira que intermediam a operação;
  • Variação cambial, que pode afetar positiva ou negativamente o retorno dos investimentos em moeda estrangeira;
  • Diferença de horário, que pode dificultar o acompanhamento dos mercados e das cotações dos ETFs.

Como investir em ETFs no exterior?

Para investir em ETFs no exterior, o investidor brasileiro precisa abrir uma conta em uma corretora ou em uma instituição financeira que ofereça esse serviço. Existem duas formas principais de fazer isso:

  • Abrir uma conta diretamente em uma corretora estrangeira, que permite comprar e vender ETFs nas bolsas de valores dos Estados Unidos, da Europa, da Ásia, entre outras. Nesse caso, o investidor precisa enviar dinheiro para fora do país, seguindo as normas do Banco Central e da Receita Federal;
  • Abrir uma conta em uma corretora brasileira que tenha parceria com uma corretora estrangeira, que permite comprar e vender BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs na bolsa brasileira. Nesse caso, o investidor não precisa enviar dinheiro para fora do país, mas fica sujeito à disponibilidade e à liquidez dos BDRs.

Quais são os principais ETFs no exterior?

No mercado financeiro internacional, existem milhares de ETFs disponíveis para os investidores, que podem escolher aqueles que mais se adequam ao seu perfil e aos seus objetivos. Alguns dos principais ETFs no exterior são:

  • IVV: é um ETF que replica o índice S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos. É um dos ETFs mais populares e mais negociados do mundo. Algumas das empresas que fazem parte do IVV são: Microsoft, Apple, Amazon, Walmart, Coca-Cola, entre outras1;
  • QQQ: é um ETF que replica o índice Nasdaq 100, que reúne as 100 maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos. É um dos ETFs mais procurados pelos investidores que querem se expor ao setor de tecnologia. Algumas das empresas que fazem parte do QQQ são: Apple, Facebook, Microsoft, Alphabet (Google), Netflix, entre outras2;
  • NOBL: é um ETF que replica o índice S&P 500 Aristocrats, que reúne as empresas do S&P 500 que aumentaram seus dividendos por pelo menos 25 anos consecutivos. É um dos ETFs mais indicados para os investidores que buscam renda passiva e estabilidade. Algumas das empresas que fazem parte do NOBL são: AT&T, Exxon Mobil, Johnson & Johnson, PepsiCo, Procter & Gamble, entre outras3.

Conclusão

Investir em ETFs no exterior pode ser uma forma de diversificar a carteira, proteger o patrimônio e aproveitar as oportunidades de outros mercados. No entanto, é preciso estar atento aos custos, aos riscos e às regras tributárias envolvidos nessa modalidade de investimento.

Além disso, é importante conhecer os diferentes tipos de ETFs disponíveis e escolher aqueles que se alinham ao seu perfil e aos seus objetivos. Para isso, é recomendável contar com a ajuda de um profissional qualificado e de fontes confiáveis de informação.