A Gol (GOLL4) fechou a compra da MAP Transportes Aéreos por R$ 28 milhões, com o pagamento entre dinheiro e ações, mostrando que a melhor defesa em meio às incertezas do setor, neste momento, é o ataque. A companhia visa alçar voos maiores em busca da expansão de sua malha aérea.
A MAP, aérea doméstica com rotas regionais e do Aeroporto de Congonhas em São Paulo, é a quinta maior aérea do Brasil. Com a aquisição, a Gol ganha espaço no aeroporto mais movimentado do País.
“Mostrando que a melhor defesa é o ataque, a compra da MAP é estratégica ao sinalizar que Gol visa expandir seu range de atuação e ganhar terreno no aeroporto mais disputado do Brasil”, comenta a Ativa Investimentos sobre o negócio.
“Classificamos o movimento como positivo para a companhia, que envia sinal ao mercado que não pretende ser alvo de aquisição por parte de sua maior concorrente”, diz a corretora.
Em meio aos rumores de uma potencial fusão entre Azul (AZUL4) e Latam, a Gol não quis ficar parada e deu mais um estímulo à agitação do setor. “A operação acontece num cenário propício de consolidação, visto que a Azul também busca alguma aquisição, tendo como alvo principal a Latam. Acreditamos que a Gol deva se beneficiar com o cenário de reabertura”, diz a Guide Investimentos.
Os investidores respondem de forma positiva à aquisição. Às 11h45, as ações da empresa subiam 4% e negociavam por volta de R$ 28,30, enquanto o Ibovespa avançava 0,11%. Nos últimos 30 dias, os papéis da aérea reportaram um retorno positivo de 12% aos acionistas.
Goldman enxerga Gol como subvalorizada ante Azul
Em relatório divulgado no último domingo (6), o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para Gol, com preço-alvo de R$ 28,60, dado o desconto em relação a concorrente Azul.
O banco também comentou sobre a incorporação da Smiles (SMLS3) pela aérea. A reorganização societária terá um viés estratégico para a Gol daqui para a frente, segundo o Goldman Sachs.
“Vemos a conclusão pendente da reorganização da Gol/Smiles como um positivo estratégico, pois simplificará a governança corporativa da Gol e poderá fornecer mais flexibilidade comercial e sinergias”, avaliou a instituição.
A instituição ainda afirma manter o rating de compra para a Gol. Os analistas preveem que a diferença de preço seja fechada conforme a capacidade e a demanda da empresa se recuperem, junto ao processo de recuperação econômica no pós-pandemia.
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