O Nubank está preparando a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de todos os tempos e já teria até contratado bancos para assessorar a operação. Foi o que noticiou nesta segunda (9) o site Pipeline, do Valor Econômico.
Segundo a reportagem, o Nubank teria chamado três bancos para auxiliar no IPO: Morgan Stanley, como líder da operação, o Citi e o Goldman Sachs. Outras três instituições financeiras fariam apoio, mas não foram mencionados os nomes delas.
A listagem, diz ainda o Pipeline, será nas bolsas americanas. A previsão é de que o IPO aconteça nos próximos três meses, sem ter ainda cronograma e o volume da oferta.
Fontes ouvidas pelo Pipeline indicam que o IPO do Nubank será o maior de todos os tempos.
O IPO da Raízen, que levantou R$ 6,9 bi, está na lista dos maiores de uma companhia no Brasil já realizados. Fica atrás do Santander (SANB11), com captação de R$ 14,1 bilhões na oferta inicial feita em outubro de 2009. Outros dois recordistas em IPOs são os do BB Seguridade (BBSE3), que, em abril de 2013, levantou R$ 11,9 bi, e da Rede D´Or (RDOR3), em dezembro de 2020, com arrecadação de R$ 11,39 bilhões.
Rumores sobre IPO surgiram em abril
Em abril, a Reuters disse que o Nubank estava preparando uma listagem de suas ações no mercado norte-americano, movimento aguardado há anos e que entrou na pauta da fintech, sobretudo para dar liquidez aos seus investidores.
A agência de notícias disse que a listagem pode ocorrer ainda neste ano e será uma das maiores de uma companhia da América do Sul nos últimos anos. Vélez disse que a abertura de capital não está nos planos do Nubank por enquanto, embora “iremos publicá-la em algum momento”.
Para ele, o plano existe, mas não é um imperativo. A série G de investimentos dá à fintech um capital robusto para alguns anos de crescimento. No momento, o objetivo da companhia, segundo o CEO, é continuar expandindo os negócios nos mercados de investimentos e seguros nos três países em que já opera.
Nubank: aporte de US$ 500 milhões
Em junho, O Nubank recebeu um investimento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,51 bilhões) da Berkshire Hathaway (BERK34), holding do megainvestidor Warren Buffett. Na época já se falava que a fintech iria abrir capital nos Estados Unidos, com valuation na casa de US$ 30 bilhões.
Segundo o Nubank, o aporte da Berkshire Hathaway terá outros investimentos atingindo US$ 250 milhões, com a participação de diversos investidores estrangeiros e locais, como Verde Asset e Absoluto Partners. Os acordos foram fechados na em 4 de junho.
Os investimentos de US$ 750 milhões sustentam a posição de maior fintech da América Latina e uma das maiores do mundo, com 40 milhões de usuários entre Brasil, Colômbia e México. Nos últimos seis meses, a avaliação do Nubank subiu mais de 20% em dólares, chamando atenção de Warren Buffett, que não deixou de levar uma fatia da empresa sediada em São Paulo.
A empresa disse que o aporte da Berkshire é o maior investimento individual que já recebeu, mas não revelou o tamanho da participação de nenhum dos investidores.
“Para nós, isso é apenas uma grande validação do que Nubank tem feito desde o início”, disse o fundador e CEO David Vélez, em nota.
Investidores acompanham Nubank em planos de expansão
Os novos investidores da fintech e alguns antigos, como a chinesa Tencent, aproveitaram para reforçar a posição na companhia, de olho na continuidade do crescimento acelerado do Nubank, inclusive para fora das fronteiras brasileiras.
No fim do ano passado, a empresa comprou a Easynvest, corretora de tem aproximadamente US$ 5 bilhões em ativos e 1,6 milhão de clientes. Embora os planos sejam trilhados para o crescimento orgânico, aquisições desta natureza não estão descartadas segundo Vélez.
Neste ano, o Nubank superou o Santander (SANB11) em número de correntistas no Brasil, adentrando no rol de maiores instituições financeiras do País, ainda concentrado em poucos players.
-Fonte: Suno
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