O movimento no câmbio ocorreu diante do avanço além do esperado do índice de preços ao consumidor nos EUA
Os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta quarta-feira (10), pressionados pela forte valorização do dólar ante moedas rivais, já que o metal é cotado na divisa americana. O movimento no mercado cambial ocorreu diante do avanço além do esperado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em outubro.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro recuou 1,14%, a US$ 4,3230 por libra-peso. Já a tonelada do cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) tinha baixa de 0,85%, a US$ 9.487,00, às 15h41 (de Brasília).
O fortalecimento do dólar no exterior diminui a demanda por commodities cotadas na moeda americana como o cobre, pois as tornam mais caras a investidores que negociam com outras divisas. Além da forte alta do CPI americano, a queda nos pedidos semanais por auxílio-desemprego nos EUA também foi acompanhada pelo mercado cambial.
“Inflação mais alta e o fortalecimento do mercado de trabalho tendem a ser positivos para o dólar”, uma vez que eleva as especulações de que o Federal Reserve (Fed) possa acelerar seu processo de normalização da política monetária ao subir os juros básicos e antecipar o término das compras de bônus, segundo explica o analista Joe Manimbo, do Western Union.
O cenário para metais básicos não foi de todo negativo nesta quarta-feira, porém, diante da possibilidade de que a China relaxe restrições para que empresas imobiliárias locais emitam títulos em moeda local, destaca o TD Securities, em relatório. “Como as coisas estão, o setor continua a pesar sobre a demanda por metais básicos, mas uma redução da carga regulatória pode oferecer suporte ao longo do tempo”, diz o banco de investimentos.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 0,35%, a US$ 2.571,00, a do níquel tinha alta de 0,85, a US$ 19.610,00, a do chumbo se elevava 0,26%, a US$ 2.342,00, e a do zinco ganhava 0,12%, a US$ 3.280,00. Na contramão, a do estanho cedia 0,67%, a US$ 37.150,00.
-Fonte: E-Investidor
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