A B3 (B3SA3) confirmou, por meio de um fato relevante nesta terça-feira (19), a compra da Neoway Tecnologia. O valor a ser pago é de R$ 1,8 bilhão, totalmente em dinheiro.
O negócio já havia sido veiculado na última semana, após a B3 dizer que estava em trativas com a companhia. A Neoway Tecnologia trabalha com big data analytics e inteligência artificial para negócios. A aquisição foi de 100% do capital social.
Criada em 2002, a Neoway opera em toda a América Latina, oferecendo soluções que geram maior produtividade e precisão na tomada de decisão em vendas e marketing, crédito, prevenção à fraudes, compliance e inteligência jurídica. São cerca de 20 setores econômicos alcançados pela empresa.
A receita prevista para 2022 é de R$ 190 milhões.
O racional da B3 para a aquisição está em linha com o objetivo de desenvolver produtos de dados e analytics para os mercados financeiro e de capitais, bem como de crédito e varejo, “atendendo tanto clientes financeiros quanto clientes de outros mercados”, segundo o fato relevante.
De acordo com a companhia, o negócio trará expertise em ciência de dados complementares à B3, aumentando a capilaridade de produtos vigentes e otimizando lançamentos futuros.
“A gestão da Neoway acontecerá com grande independência para preservar sua flexibilidade e forte cultura de inovação.”
De acordo com a B3, a conclusão da operação está sujeita à implementação de determinadas condições precedentes usuais nesse tipo de transação, incluindo sua aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Negócios complementares da B3
A aquisição anunciada hoje vem na esteira da parceria recentemente fechada pela B3 com a Totvs (TOTS3).
Em julho, foi divulgada uma sociedade de R$ 600 milhões para criar a Dimensa, companhia que oferece soluções tecnológicas para o mercado financeiro e atua com base no formato de software as a service (SaaS).
A B3 mostra estar cada vez mais focada em aquisições, parcerias e negócios de data e analytics, aprimorando sua função no mercado como provedora de inteligência. E o caixa está cheio: no fim do segundo trimestre, a empresa tinha R$ 13 bilhões em disponibilidades.
-Fonte: Suno