B3 detalha planos para custódia de criptomoedas, tokenização e ETF de cripto em 2022

“É natural que façamos expansão para o mundo não regulado das criptos”, disse o presidente da Bolsa, Gilson Finkelsztain

(Divulgação)

A operadora da Bolsa brasileira, a B3 (B3SA3) detalhou na última sexta-feira (10) seus planos para iniciar a entrada no mercado de criptomoedas em 2022, com a previsão, inclusive, do lançamento de um fundo negociado em Bolsa (ETF) de ativos digitais.

Alguns detalhes foram apresentados durante o B3 Day e explicados pelo presidente da companhia, Gilson Finkelsztain, que declarou que é possível que alguma corretora cripto queira entrar para o mercado regulado.

“É natural que façamos expansão para o mundo não regulado das criptos”, disse Finkelsztain ressaltando uma informação que já havia sido ventilada de que a B3 pretende oferecer infraestrutura para negociação de criptoativos. “Não é uma bolsa de cripto, mas entrar nesse mercado para oferecer serviços para quem negocia cripto”, explicou.

Durante a apresentação, a Bolsa citou alguns produtos que pode adotar, como estratégias de cripto as a service, custódia e DVP, acesso à liquidez, ganhos de eficiência de capital e tokenização de ativos.

Neste último tópico, por exemplo, a B3 estabeleceu como meta facilitar a digitalização de ativos, potencializando a sua distribuição, tendo como base para isso o acesso a centros de liquidez.

Confira cinco pontos que a companhia detalhou na apresentação:

  • Tokenização de ativos: facilitar a digitalização de ativos, potencializando a distribuição e liquidez;
  • Negociação e acesso a centros de liquidez: mitigar as complexidades de acesso a um mercado fragmentado, global e 24×7;
  • Custódia de ativos digitais: fornecer custódia confiável (portanto, finality das transações em blockchain);
  • Facilitação de balcão: dar mais segurança e eficiência na movimentação e no DVP de ativos digitais;
  • Ganhos de eficiência de capital: mitigar a natureza pre-funded das operações;
  • Cripto as a service: facilitar para clientes a exploração do mercado cripto com baixo atrito

Além desses pontos, a Bolsa brasileira disse que estuda o lançamento de um ETF de cripto, mas que ainda está estudando qual índice irá replicar no produto. O Brasil foi pioneiro na aprovação e lançamento de ETFs cripto e hoje possui cinco opções para os investidores, sendo três da Hashdex e dois da QR Capital.

Dentre esses, quatro são líderes em rendimento dentre todos os ETFs lançados em 2021 na Bolsa brasileira, segundo um levantamento feito pela consultoria Economatica, todos com ganhos de mais de 50% até o dia 25 de novembro.

-Fonte: Infomoney