Os principais banqueiros de Wall Street renovaram seus alertas sobre a economia mundial nesta terça-feira em meio a tensões geopolíticas e altas acentuadas das taxas de juros para combater a inflação de décadas.
O chefe do Goldman Sachs, David Solomon, disse que as condições econômicas “se estreitarão significativamente a partir daqui” e que o Federal Reserve dos EUA pode aumentar as taxas para além de 4,5-4,75% se não observar mudanças reais no comportamento.
“Se eles não virem mudanças reais – a mão de obra ainda é muito, muito apertada – eles obviamente estão apenas brincando com o lado da demanda, apertando. Mas se eles não virem mudanças reais no comportamento, meu palpite é que eles vão mais”, disse.
Falando na principal conferência de investimentos da Arábia Saudita em Riad, ele disse que é difícil sair da “inflação embutida” sem uma desaceleração econômica.
O processo de desfazer 40 anos de “mercados de renda fixa nacionalizados” é “disruptivo”, acrescentou Solomon.
O presidente-executivo do JPMorgan Chase & Co, Jamie Dimon, falando no mesmo painel, disse que a situação geopolítica é mais preocupante do que uma possível recessão nos Estados Unidos.
Dimon disse que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e as tensões entre os Estados Unidos e a China são mais preocupantes do que uma possível recessão nos EUA.
“Há muitas coisas no horizonte que são ruins e podem – não necessariamente – mas podem colocar os EUA em recessão”, disse ele. “Mas essa não é a coisa mais importante para o que pensamos. Vamos lidar com isso. Eu me preocuparia muito mais com a geopolítica do mundo hoje.”
-Fonte Reuters