Inter, Rede D’Or e Alpargatas: as principais apostas dos analistas para a nova carteira do Ibovespa

Ainda de acordo com analistas do Itaú BBA, Morgan Stanley e XP, nenhuma ação deve ser removida do índice em setembro

Banco Inter (BIDI4), Rede D’Or (RDOR3) e Alpargatas (ALPA4). Essas são as principais apostas de analistas do mercado financeiro como novas candidatas a entrarem na atualização da carteira teórica do Ibovespa, que passará a vigorar a partir de 6 de setembro até dezembro.

Em relatórios divulgados nesta semana, Itaú BBA, Morgan Stanley e XP Investimentos destacaram os papéis como os mais prováveis para compor a nova seleção, que terá três prévias, com a primeira delas divulgada no dia 2 de agosto. Nenhuma das casas espera a saída de ações do benchmark.

Na avaliação da XP, a entrada de RDOR3 deve representar 2,5% do índice, podendo ter impacto significativo no volume negociado do papel.

Banco Inter e Alpargatas, por sua vez, teriam posição de 1,0% e 0,3%, respectivamente, levando em consideração a capitalização de mercado do free float (percentual das ações de uma empresa que está em circulação na Bolsa) de cada companhia.

Já o Morgan Stanley vê um peso de 0,7% de BIDI4 no índice e de 0,4% de ALPA4.

Outras candidatas para compor o Ibovespa, ainda que com menor probabilidade de inclusão, são as ações de Petz (PETZ3), Méliuz (CASH3) e Banco Pan (BPAN4), segundo os analistas.

De acordo com a B3, uma das condições para que um ativo entre no Ibovespa é ter ações negociadas em pelo menos 95% dos pregões durante os últimos períodos de vigência das três carteiras anteriores ao rebalanceamento.

“Como a Rede D’Or fez a oferta pública no dia 10 de dezembro, ela é, portanto, elegível para ser incluída no Ibovespa. O mesmo caso se aplica às ações da Petz, que fez IPO em 11 de setembro do ano passado, e ações da Méliuz ,  que começaram a ser negociadas na Bolsa no dia 5 de novembro de 2020”, destaca a XP.

Em relatório, o time de análise do Itaú BBA escreve que, caso os seis papéis sejam incluídos no índice, o número de companhias que fazem parte do Ibovespa vai subir de 84 para 90, levando o número para um novo recorde.

Com relação aos diferentes segmentos que compõem o índice, o setor financeiro seguiria líder em participação de mercado, subindo de 24,5% para quase 27%, no caso das modificações previstas. As maiores perdas, contudo, estariam no setor de alimentos e bebidas, com a exposição podendo ser reduzida dos atuais 6,4% para 5,0%.

Metodologia

A cada quatro meses, em janeiro, maio e setembro de cada ano, a B3 faz uma reavaliação das ações que compõem a carteira do Ibovespa para verificar se os ativos atendem aos seus critérios.

Entre as exigências estão: serem ativos negociados com regularidade e terem volume financeiro relevante (participação de pelo menos 0,1% do volume negociado durante o período de vigência das três carteiras anteriores).

Além disso, as ações não podem ser “penny stocks“, que são aquelas negociadas a valores inferiores a R$ 1,00.

Monitorar quais empresas devem sair ou entrar do índice pode ser importante, dado que os papéis incluídos no Ibovespa no passado valorizaram, em média, 10,4% um mês antes do rebalanceamento, destaca a XP, em relatório.

Isso porque as ações passam a ganhar atenção de fundos de investimento (gestão ativa e passiva, como os ETFs – os fundos de índice), além de o fato de a inclusão no índice aumentar o interesse por parte de investidores de forma geral.

-Fonte: Infomoney