PetroRio pode ter saído na frente por Albacora, apontam agências; BNDES financiará jatos para exportação da Embraer e mais

O noticiário corporativo desta quinta-feira (7) tem como destaque as informações de agências de que a Petrobras escolheu a PetroRio como a vencedora para levar o campo de Albacora. Já a Embraer informou nesta manhã que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento para a exportação de 24 jatos comerciais E175 da Embraer para a SkyWest Airlines.

Já a Raízen anunciou a aquisição de ativos de geração de energia do Grupo Gera. Confira mais destaques:

PetroRio (PRIO3) e Petrobras (PETR3;PETR4)

Segundo informações da Reuters, citando fontes, a Petrobras escolheu a proposta do consórcio da PetroRio e Cobra, subsidiária da francesa Vinci, para o campo petrolífero offshore de Albacora.PUBLICIDADE

Fontes ouvidas pela Brasil Energia também apontam que a PetroRio foi a maior licitante da PetroRio em Albacora, enquanto Albacora Leste será releiloada.

A proposta da PetroRio-Cobra superou uma oferta concorrente feita por um consórcio composto pela empresa de private equity EIG Global Energy Partners junto com as brasileiras Enauta Participações (ENAT3) e 3R Petroleum (RRRP3), de acordo com as fontes da Reuters.

Em esclarecimento, a PetroRio informou que, até o momento, o consórcio não recebeu notificação formal da Petrobras sobre ter sido escolhido como “preferred bidder” no processo de desinvestimento de Albacora.

“A companhia faz parte do processo, como operador do consórcio em que participa, e apresentou proposta vinculante na última etapa do procedimento, mas ainda aguarda a notificação sobre as próximas etapas”, destacou.

Ambos os consórcios também apresentaram ofertas para o campo de petróleo vizinho de Albacora Leste. Os valores exatos das ofertas não estavam claros, embora a Petrobras tenha dito no final de setembro que as ofertas recebidas poderiam ultrapassar US$ 4 bilhões para os dois campos.

Albacora produzia 43 mil barris de petróleo por dia (boepd), segundo documentos divulgados pela Petrobras quando a empresa lançou o processo de venda em 2020. Albacora Leste produzia 34 mil boepd na época.

“Esse é um catalisador positivo para PRIO3. Albacora é um ativo muito material e pode dobrar a produção da empresa. As notícias dizem que o lance do PRIO é maior de US$ 2 bilhões (ou seja, mais de 50% do valor da firma). Colocar Albacora Leste em leilão novamente também é marginalmente positivo para a PetroRio”, apontam os analistas do Credit Suisse.

Embraer (EMBR3)

Em comunicado, a Embraer informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento para a exportação de 24 jatos comerciais E175 da Embraer para a SkyWest Airlines, maior empresa de aviação regional do mundo, baseada em Utah, nos Estados Unidos.

“A operação fortalece a produção industrial nacional em um momento em que ela ainda sente os efeitos da pandemia de Covid-19 e ajuda a viabilizar a presença de produtos brasileiros de alta tecnologia no maior e mais competitivo mercado de
aviação do mundo. Os aviões estão sendo entregues entre agosto de 2021 e abril de 2022”, aponta o comunicado.

O financiamento de mais de US$ 500 milhões (superior a R$ 2,6 bilhões), segue a linha das operações realizadas por agências de crédito à exportação nos países com indústrias aeronáuticas de ponta, destacou a empresa.

O financiamento se dará por meio do BNDES Exim Pós-embarque, com desembolsos realizados em reais no Brasil em favor da exportadora (Embraer). Nesse tipo de operação, a importadora assume o compromisso de pagamento em dólares ao BNDES, atraindo divisas nesta moeda para o Brasil. Está embutido na transação um seguro de crédito com cobertura para
riscos comerciais, políticos e extraordinários.

Banco Inter (BIDI11)

O Banco Inter informou que contratou o Bank of America, Bradesco BBI, J.P. Morgan e Itaú BBA como assessores financeiros no âmbito da reorganização societária do Inter com vistas à migração de sua base acionária para a Inter Platform, Inc., sociedade constituída de acordo com as leis da jurisdição de Cayman, que resultará na listagem de suas ações nos Estados Unidos (reorganização societária) e na negociação de BDRs lastreados em ações de emissão da Inter Platform na B3.

Os estudos da Reorganização Societária foram concluídos e aprovados por unanimidade dos membros do Conselho de Administração do Inter.

Adicionalmente, LA BI Holdco, LLC, veículo indiretamente controlado pelo Softbank Latin America Fund, maior acionista não controlador do Inter, celebrou com o Inter um acordo de reorganização com o objetivo de realizar certas medidas em apoio à reorganização societária.

Rede D’Or (RDOR3)

O braço financeiro do grupo hospitalar Rede D’Or abriu a recompra de até US$ 135 milhões em bônus, segundo publicado na Bolsa de Luxemburgo nesta quarta-feira. A oferta ficará aberta até 3 de novembro.

Raízen (RAIZ4)

A Raízen anunciou a aquisição de ativos de geração de energia do Grupo Gera, que atua com projetos de geração distribuída no Brasil, em movimento para ampliar o portfólio em renováveis.

O acordo, que foi fechado por cerca de R$ 318 milhões, também inclui a criação de joint venture da Raízen com o Gera na área de desenvolvimento de novos ativos de energia e também em soluções e inovações. Com a aquisição, a gigante do setor de açúcar e etanol incorpora 350 MW de geração distribuída à sua capacidade de 1,3 GW, que hoje é predominantemente a partir de cogeração de energia de biomassa de cana-de-açúcar.

Raízen, Rumo (RAIL3) e Cosan (CSAN3)

Em uma avaliação sobre o mercado de energia renovável, o Morgan Stanley afirma que o Brasil tem poucas opções para se expor a energia limpa e renovável. Os papéis RAIZ4 são uma boa oportunidade, afirma o banco, com perspectiva de crescimento material de longo prazo.

A empresa fica atrás da concorrente São Martinho (SMTO3) em rendimento e produtividade de cana-de-açúcar. Mas entre o médio e o longo prazo, a Raízen deverá se tornar liderança em etanol de segunda geração, afirma o Morgan Stanley. Com um valor de mercado de US$ 13 bilhões, a empresa pode se tornar uma escolha favorita, por conta da falta de oportunidades na região.

O Morgan Stanley também iniciou a cobertura da Cosan, com avaliação equalweight (exposição em linha com a média do mercado), e preço-alvo de R$ 29,5, frente à cotação de R$ 22,94 de quarta. O banco diz que prefere a abordagem mais focada das subsidiárias de Rumo e Raízen em relação à Cosan, que já melhorou sua estrutura e está exposta às mesmas tendências que Raízen e Rumo, mas é uma “entidade” complexa.

Saraiva (SLED3;SLED4)

A Saraiva informou ter recebido ofício da B3 para que tome “medidas cabíveis” de forma para que a ação volte para um valor acima de R$ 1. A Bolsa determina que nenhuma ação pode passar mais de 30 pregões consecutivos cotada a centavos.

Vale (VALE3)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) impôs uma dura derrota à mineradora Vale e decidiu que a companhia terá que devolver cada centavo que tem recebido mensalmente, desde 2015, por uma hidrelétrica de sua propriedade que não entrega energia há seis anos.

A Vale já recebeu mais de R$ 500 milhões desde novembro de 2015, por uma geração de energia que deixou de entregar naquele ano, a partir das turbinas de sua hidrelétrica Risoleta Neves, na região de Mariana (MG), porque a usina foi destruída pela lama da tragédia da Samarco, que tem a própria Vale como sócia.

JBS (JBSS3)

A Justiça trabalhista de Santa Catarina determinou que a empresa de alimentos JBS recontrate cerca de 40 trabalhadores indígenas demitidos durante a pandemia de Covid-19, confirmando integralmente uma liminar concedida de reintegração dos indígenas demitidos após 6 de maio de 2020.

De acordo com uma sentença proferida em 4 de outubro e vista pela Reuters, o juiz Adilton Detoni também determinou que a JBS indenize os trabalhadores indígenas por danos individuais e coletivos relacionados às demissões.

BR Properties (BRPR3)

A empresa de imóveis comerciais para renda BR Properties está perto de fazer sua estreia no mercado de fundos de investimentos imobiliários, com uma carteira de cerca de R$ 530 milhões de imóveis próprios.

À agência Reuters, o presidente-executivo da BR Properties, Martín Andrés Jaco, afirmou que o primeiro fundo terá o nome da empresa e será todo composto por ativos próprios, de torres comerciais, como para “dar velocidade na reciclagem no estoque de imóveis”. Ele explicou que o fundo pode posteriormente ter “follow ons”, dependendo das condições do mercado.

-Fonte: Infomoney